BEM-VINDO

Gostaria de deixar claro que o evangelho de Jesus Cristo é para mim motivo de honra,“porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê...”(Rm 1:16). Tenho, porém, a cada dia, mais vergonha do evangelicalismo pregado nos púlpitos de algumas igrejas e vivido por muitos de seus membros.

O espírito mundano tem assolado e impregnado as mentes e corações do povo de Deus, como um mal que se alastra em todos os setores da vida religiosa: doutrina, liturgia, fé e padrões de conduta. A tal ponto que muitos crentes sinceros, mas negligentes quanto ao conhecimento das Escrituras, têm se deixado enredar “pela astúcia de homens que induzem ao erro” (Ef 4:14).

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Fruto do Espírito

O Fruto do Espírito - Introdução

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Estudo para a Classe Senhoras e Moças

Programa de Incentivo
No início do semestre cada irmã deve receber uma figura de uma cesta vazia. Ao longo das semanas será desenvolvido um Programa de Incentivo (presença e pontualidade, versículos memorizados, tarefas realizadas, convidadas,  etc) sendo entregues frutos recortados como bonificação, que serão colados à cesta.
Ao final do período, as ofertas arrecadadas poderão ser convertidas em brindes que deverão ter o valor fixado em "x" frutos.  Estes poderão ser adquiridos pelas irmãs conforme a quantidade de mercadoria (frutos) que tiverem para trocar - como em uma feira de "escambo".
Assunto: Doutrina do Espírito Santo
Tema: O Fruto do Espírito
Texto base: Gálatas 5:16-25

INTRODUÇÃO

Nosso estudo começa no capítulo cinco de Gálatas, com um grande e maravilhoso assunto que é a liberdade que usufruímos em Cristo: liberdade para não sermos escravos de homens, liberdade para não pecarmos, liberdade para andarmos no Espírito e darmos fruto.

Porém, quais as condições para dar fruto? Quem pode dá-lo?


1.     QUEM PODE DAR FRUTOS

O Senhor nos diz quem pode dar frutos no texto de João 15:1-15.
Verso 1. Àquele unido a Cristo.
Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor.
Jesus nos diz que Ele é a Videira Verdadeira, os crentes são os Ramos e Deus o Agricultor que dela cuida.
Verso 2. Todos os que são limpos.
Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda.
Sem querer estabelecer uma “tese doutrinária”, mas tentando entender o porquê de Cristo ter usado a ilustração da videira, façamos um paralelo do cultivo[1] da videira com a vida cristã:

Estágios
Processo
Analogia
Condução
Por ser Trepadeira
·       Precisa de suporte para a sustentação dos ramos.
·       1° Crescem vertical, (+ -) 2 metros.
·       Depois, na horizontal, para desenvolver e dar frutos.
Novo nascimento:
·       Olhar para o alto – Cristo.
·       1° As coisas celestes.
Depois os frutos.
Crescimento



Antes 3 anos – Fortalecimento.
·       Ela desenvolve raízes para absorção de nutrientes
·       E ramos vegetativos que irão sustentar os cachos produzidos.
·       Mudança de visão
·       Leite espiritual

Com 3 anos – Está pronta
·       Por esse tempo, ela têm condições nutricionais para iniciar a sua produção.
Primeiros passos na fé
·       Curiosidade
·       Conhecimento da Palavra
·       E da nova vida cristã


A partir de   3 anos – Produz Frutos
·       Poucos cachos.
·       Testemunhar
·       Envolvimento na obra

Com o passar dos anos – Produz muitos Frutos
·       A produção aumenta até estabilizar na fase adulta da planta.
·       Crente forte e ativo
·       Conhece o seu Salvador
Poda


Condução

·       Quebra dos galhos que estão fora do caminho.
·       Eles "roubam" a energia que o ramo principal utilizaria para o seu crescimento e a produção dos cachos.
·       Desistir de tudo o que desvia do caminho cristão
Folhas
Tirar aquelas que estão empatando o sol.
·       Desistir do que ofusca a Luz de Cristo
Gema
Geralmente, possui 2 galhos e 1 folha.
·       Arrancar o “neto” o galho mais fraco.

·       Perder os “privilégios” antigos
·       Até perder amizades (jugo desigual)
Gavinhas
Seguram o novo galho no antigo.
·       Devem ser cortados.

·       Soltar as amarras do velho homem.
Adubação de Produção
É preciso dar nutrientes
·       Alimentar para que a videira produza mais cachos.
Continuar se alimentando da Palavra e frutificando.

Alguns crentes, nos remetem à Parábola do Semeador, pois dão frutos. Estes, o Agricultor limpa, produzem mais fruto, como em bom solo – e frutificam a 30, 60 e 100 por 1.

Outros, porém... Quem não conheceu freqüentadores de igreja que só tinham aparência de crentes, como a figueira estéril (Mc 11: 12-14 e 20)? Ou que produziam frutos maus (Mt 7:19-20) e cujo destino era serem lançados ao fogo?

Verso 3. E purificados pela Palavra.
Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado.

O que seria limpar?  O verso dois diz que Deus limpa e o verso três diz que “vós já estais limpos”. Qual a diferença?

Tomemos outro trecho das Escrituras para compararmos coisas espirituais com coisas espirituais. Em Jo 13:2-10, Jesus lava os pés aos discípulos. No verso 8, Jesus diz a Pedro: “se eu não te lavar, não tens parte comigo”. E no verso 10 Jesus diz: “Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo...”.

Ilustração Bíblia Dr Scofield – “A imagem é de alguém, no oriente, retornando dos banhos públicos para sua casa. Seus pés estariam sujos e precisariam ser lavados, mas não o seu corpo, que já tinha sido banhado”.

Assim o crente é purificado:
a. De todos os pecados “uma vez por todas”
Hebreus 10:14 Pois com uma só oferta tem aperfeiçoado para sempre os que estão sendo santificados.
b. Mas precisa durante sua a vida terrena apresentar os seus pecados diariamente em confissão ao Pai, para permanecer em comunhão.  
1 Jo 1:9  Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.

Verso 4. Os que permanecem.
Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não      permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim.
Permanecer em Cristo é ter as Palavras da Bíblia no coração, memorizar e trazer à lembrança quando estamos no meio de uma provação. É guardar os mandamentos e saber quais as ordens de Cristo para o nosso dia a dia. É fazer o que Cristo manda.
   Tiago 1:2  Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações,
   
    Filipenses 4:6  Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas
                               petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças.
    Tiago 4:17   Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando.

Verso 8.  Os que são reconhecidos como discípulos.
Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos.

Para quê e por que dar fruto? Para glorificar a Deus e ser reconhecido como sendo discípulo de Cristo.
  
Efésios 2:10  Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou  
                          para que andássemos nelas.

Verso 11.  Os que têm prazer em Deus.
Tenho-vos dito estas coisas para que o meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo.

Conhecer as Escrituras é ter o gozo (alegria) de Cristo em si mesmo. Em meio a provações mostrar a felicidade de conhecer o Deus Eterno e saber que foi escolhido por Ele, vivendo uma vida digna e frutífera.

João 15:16  Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.

Como será manifestado esse fruto?


2.    COMO MANIFESTAR O FRUTO DO ESPÍRITO.

Manifestar o Fruto do Espírito não é obter mais do Espírito, pelo contrário, é permitir que o Espírito consiga mais de nós. Permitir que Deus cumpra em nós todo o Seu propósito, manifestar ao mundo as virtudes de Cristo através de um caráter cristão virtuoso.
É ter uma vida vitoriosa, que glorifique a Cristo. O crente espiritual é constante, não sazonal - não se produz o Fruto uma semana e outra não. Independe das condições as quais o crente esteja passando, ou das pessoas com as quais ele convive.
Não depende das qualidades naturais que cada pessoa possui ou do seu temperamento. Não pode ser fingido ou fantasiado: uma pessoa, por interesse, pode tentar agir calma, alegre, graciosamente por determinado período de tempo, mas sempre acabará por mostrar sua verdadeira face.
O homem natural, não regenerado, por mais que se esforce, somente poderá reproduzir essas virtudes de forma imperfeita, posto que não são naturais e sim sobrenaturais, produzidas por Deus. O Fruto do Espírito é produzido “no” crente “pelo” Espírito, através de uma vida de submissão e obediência à Palavra de Deus.

3.    O FRUTO DO ESPÍRITO ATRAVÉS DE PERSONAGENS BÍBLICOS FEMININOS

Vamos realizar o estudo buscando em personagens bíblicos femininos exemplos de vida que possam nos ajudar nesta caminhada à Santificação e ao crescimento na graça de Jesus Cristo.
Muito já foi escrito sobre o assunto, mas eu creio ser de grande valor o exercício de meditarmos sempre nos mesmos versículos, posto que as misericórdias do Senhor se renovam a cada manhã (Lm 3:22-23).
Várias são as personagens que poderiam ser utilizados como exemplos, todavia, optamos por essas mulheres. As irmãs poderão pensar em outros nomes.




[1]http://terral.agr.br/plus/modulos/noticias/ler.php?cdnoticia=42



4.    O FRUTO DO ESPÍRITO É: ... AMOR ...




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Conceito secular: 


O termo amor significa tanto uma forte afeição por outra pessoa, nascida de laços de consanguinidade ou de relações sociais, como também uma atração baseada no desejo sexual.


Na prática, o que se tem chamado de amor é um conjunto de situações e práticas tão bizarras quanto contrárias a  Deus.



Conceito Teológico: 


No idioma original é o amor Agape e identifica o amor de Deus 1 Jo 4:8-10. Um amor sacrificial, que enviou o Seu Filho para morrer por pecadores.


É o alicerce da vida cristã e excede todo o entendimento, pois o amor vem de Deus e é derramado no coração do crente pelo Espírito Santo (Ef 3:17;19).

Rm 5:5 porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado.


Mas tenhamos cuidado! Deus nos faz uma advertëncia! Quanto aos últimos tempo.

Mt 24:12 E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.

Sabemos como e quem pode dar frutos. A próxima pergunta é: “Como” será esse fruto?

De uma forma mais prática, o amor foi descrito em 1 Co 13. Façamos, pois, um paralelo entre esse texto e as virtudes do Fruto do Espírito.

COMPARAÇÃO DO FRUTO DO ESPÍRITO COM O AMOR.

FRUTO DO ESPÍRITO
Gl 5:22-25
AMOR
1 Co 13
1 Co 13
versículos
Amor
·       Não procura s seus interesses (não é egoísta)
·       Jamais acaba (não vai falhar)
v. 5, 8
Alegria
·       Não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade
v. 6
Paz
·       Não se exaspera (não se irrita, fica nervoso ou promove a ira, não suspeita mal)
v. 5
Longanimidade
·       É paciente (mesmo sofrendo, segura seus sentimentos por muito tempo, até que passe a raiva)
·       Tudo espera (é paciente e aguarda com alegria e firmeza)
v. 4, 7
Benignidade
·       É benigno (agradável, gentil,presta serviço a outras pessoas de modo gracioso e bem disposto)
·       Não arde em ciúmes (não ferve com inveja)
v. 4
Bondade
·       Tudo sofre (aguenta com paciência as dificuldades ou provações)
·       Não se ressente do mal (não registra o mal, não estoca ressentimentos, não gera malicia)
v. 7, 5
Fidelidade
·       Tudo crê (é firme e constante sua fé)
v. 7
Mansidão
·       Não se ufana (alguém que fala ou age de forma presunçosa, orgulhosa, gabando-se)
·       Não se ensoberbece (inchar-se, sentir-se melhor e maior que os outros, com vaidade)
v. 4
Domínio próprio
·       Não se conduz inconvenientemente (comportar-se de maneira vergonhosa, indecente, grosseira. É respeitoso, não faz nada que possa envergonhar a pessoa amada)
·       Tudo suporta (cobre, como que protegido por um teto, com paciência)
v. 5, 7

4.1.    MARIA – Ela fez o que pôde




(Mt 26:6-13; Mc 14: 3-9; Jo 12: 1-9)
Seis dias antes da Páscoa, foi Jesus para Betânia, (...) Deram-lhe, pois, ali, uma ceia; (...)

a)     Maria não pensou em si mesma - deu tudo o que tinha.

Então, Maria, tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, mui precioso, ... (preciosíssimo perfume) ... ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos (Jo 12:3).

O perfume era algo muito caro para Maria possuir e talvez ela o guardasse para as suas núpcias ou o seu próprio sepultamento. Mas, por amor, ela derramou o seu coração junto com o bálsamo aos pés de Jesus.

Isto me fez lembrar uma outra cena, onde Jesus mostra o contraste entre uma mulher pecadora salva e um religioso perdido: “a quem muito se perdoou muito amou...” (Lc 7:47).

E nós, o que estamos dando para O Senhor? O que temos de melhor, ou o que nos sobra? E quando fazemos algo para Deus, o fazemos conforme nossas forças? Fazemos sempre “o que podemos”?

b)    O exercício do amor gerará dificuldades

Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, o que estava para traí-lo, disse: Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários e não se deu aos pobres? (Jo 12:4)

Foi criticada – que desperdício... Muitas vezes somos criticadas ou até mesmo criticamos as atitudes de pessoas porque não concordamos ou não entendemos – fazemos isso com amor? Olhamos com amor? As nossas ações devem ser feitas todas olhando para Cristo, querendo agradá-lo.

Jesus mostra o contraste entre o que crê e o perdido. O que crê faz com a mão direita e a esquerda não vê - e Seu Pai do céu o recompensará. O perdido faz para ser visto dos homens - e esta é a sua recompensa.

Diariamente vidas são entregues à obra de Deus. Que... DESPERDÍCIO... ou... que AMOR?

c)     Deus é quem recompensa o amor

Mas Jesus disse: Deixai-a; por que a molestais? Ela praticou boa ação para comigo. Porque os pobres, sempre os tendes convosco e, quando quiserdes, podeis fazer-lhes bem, mas a mim nem sempre me tendes. (Mc 14:6-7)

Jesus entendeu e a recompensou.

As obras de caridade devem fazer parte da vida do salvo, mas não devem fazê-las esperando glória dos homens ou mérito perante “um ser superior” – como fazem os incrédulos. Nós temos uma obra de caridade a fazer deixada pelo Senhor:  “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16:15).

d)    Você cumprirá a vontade de Deus, praticando o amor

Ela fez o que pôde. Antecipou-se a ungir-me para a sepultura (Mc 14:8).

Os motivos de Maria eram puros.  Faltavam seis dias para Jesus ser morto e sepultado e Deus tocou o coração daquela mulher simples... Antecipou-se a ungi-Lo para a sepultura. 

Se você está na vontade de Deus, mesmo que aos olhos humanos não seja reconhecida, Ele lhe dará a paz e a alegria de O estar servindo.

e)     O amor não se acaba

Em verdade vos digo: onde for pregado em todo o mundo o evangelho, será também contado o que ela fez, para memória sua (Mc 14:9).

Em memória de Maria. Muitos homens e mulheres viveram antes de nós e o que Jesus disse sobre Maria é como se tivesse dito ao mesmo acerca deles: Os heróis da fé de Hb 11 (esposa e noras de Noé, Sara, Joquebede, mãe de Moisés, Ana, mãe de Samuel. E muitas outras mulheres notáveis, que veremos neste estudo.

Será que nós seremos lembradas por alguém como uma crente sincera?

f)      Os resultados do amor não se consegue esconder


E encheu-se toda a casa com o perfume do bálsamo. Podemos sentir a fragrância daquele perfume, ainda hoje.

Como é bom sentir aquele aroma... quase o posso sentir agora... Nas vidas de Amy Carmaical, das esposas de grandes missionários como David Linvigstone, Adoniram Judson e tantos outros incontáveis.

Nos missionários que estão nas tribos, nos europeus que deram suas vidas na África, na selva amazônica, nos caboclos que estão indo pregar o evangelho na Europa, na Índia, no Oriente.

Há uma forma de podermos exalar este perfume: estando com Jesus e Sua palavra: “Somos para com Deus o bom perfume de Cristo” (2 Co 2:14).

Maria tinha estado aos pés de Jesus enquanto Marta se preocupava com tantos afazeres... ela escolheu a melhor parte e isto não lhe foi tirado.

 Amém.


5.    O Fruto do Espírito é Alegria   


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Conceito secular:

É o sentimento de contentamento ou de prazer excessivo. Circunstância ou situação feliz (é uma alegria tê-los em casa). Aquilo que causa contentamento ou prazer (seu projeto foi uma grande alegria para ele). Ação de se divertir, divertimento.

Conceito Teológico: 
O termo original grego significa Chara (estar alegre, regozijar-se, prazer calmo).

a)     Alegria segundo o mundo

Significa bom êxito, bem-estar, prosperidade. É circunstancial (temporária) provêm do ambiente, é externa. Depende da conduta de outras pessoas, da seqüência de eventos da vida, até das mudanças do clima.
Muito do que o mundo incrédulo chama de alegria dá a medida exata da sua desesperança. Somente Deus pode revelar a diferença entre os dois conceitos. Vejamos alguns exemplos:

Alegria do Mundo
O que Deus diz
Riquezas
Rico Louco – Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado para quem será? (Lc 12:20)
Boa Saúde
Apóstolo Paulo – E, para que me não exaltasse pelas excelências das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás para me esbofetear, a fim de me não exaltar. (2 Co 12:7)
Sucesso profissional e financeiro
Zaqueu – E eis que havia ali um varão chamado Zaqueu; e era este um chefe dos publicanos, e era rico... E disse-lhe Jesus: Hoje veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão. (Lc 19:2-9)
Beleza física
Enganosa – Enganosa é a graça, e vã é a formosura; mas a mulher que teme ao Senhor, essa será louvada.  (Pv 31:30)
O Pecado/                          ”o proibido”
Morte – As águas roubadas são doces, e o pão comido às ocultas é suave. Mas não sabem que ali estão os mortos, que os seus convidados estão nas profundezas do inferno. (Pv 9:17-18)


b)    Alegria segundo a Bíblia

·       Inicia-se em Deus

Deus é o autor e doador da alegria, pois é através do conhecimento D’Ele e de Jesus Cristo que recebemos toda a sorte de bênçãos espirituais, bem como de Suas maravilhosas promessas, para que por estas, nos tornemos participantes da natureza divina. (2 Pe 1:3).
Deus produziu em nossos corações a esperança de um dia estarmos com Ele em plena alegria (Jo 16:20;22).

Em verdade, em verdade eu vos digo que chorareis e vos lamentareis, e o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria.

Assim também vós agora, na verdade, tendes tristeza; mas eu vos tornarei a ver, e alegrar-se-á o vosso coração, e a vossa alegria ninguém vo-la tirará.

·       É resultado da salvação

Dentro da história de nossas vidas iniciou-se na salvação, e é resultado da fé em Cristo como Salvador. Temos vários exemplos na Bíblia da alegria que enchia os corações dos santos.
Em tempos de paz: “E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração.” (Atos 2:46).

Ou quando rejeitados: “Os discípulos, porém, transbordavam de alegria e do Espírito Santo.” (Atos 13:52).

·       Volta-se para Deus

A alegria dos salvos é direcionada para Deus, de onde nos vem a confiança, o consolo, a esperança.

Tito 2.13 “... aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus...”

·       Não está baseado no circunstancial

A alegria não se baseia em elementos externos ao homem. O apóstolo Pedro nos diz que os crentes devem ser alegres apesar das provações no tempo presente pelo amor de Cristo e na medida que somos co-participantes dos sofrimentos de Cristo (1 Pe 1:6, 8; 4:13).

Hebreus 12:2 “... olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus”



6. O FRUTO DO ESPÍRITO É PAZ


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No conceito secular

Paz significa ausência de conflito.

No conceito teológico

No grego original (Eirene), significa bem-estar que vem do próprio Deus.
Vejamos alguns aspéctos da paz, que deverão fazer parte da vida de todo homem que professa a salvação.

a)     A fonte da paz

Somente Deus é a fonte da perfeita paz.
Deus Pai é o Deus da Paz – Rm 15:33 “E o Deus da paz seja com todos vós. Amém!”
Jesus é o Príncipe da Paz – Is 9:6  “Porque um menino nos nasceu, ... e o seu nome será: ... , Príncipe da Paz”.
O Espírito Santo produz Paz – Gl 5:22  “Mas o fruto do Espírito é... paz...”.

b)    A paz com Deus

O homem ímpio, por melhores condições que ele possa ter na vida: saúde, bens materiais, família, comportamento adequado, ele sempre estará, consciente ou não, sob o poder da morte e a ameaça do juízo divino. Estará em inimizade com Deus. A Bíblia os chama de:
Filhos da desobediência - Ef 2:2 “... do espírito que agora atua nos filhos da desobediência;”

Filhos da ira - Ef 2:2 “... e éramos, por natureza, filhos da ira,”

Inimigos de Deus - Cl 1:21 “... estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras malignas”

A paz com Deus se fundamenta na obra Redentora de Cristo e é o resultado do perdão de Deus: já não há desobediência, ira ou inimizade entre Deus e o Homem. Essa virtude faz parte da alma do crente. Somente esses  estarão livres de qualquer juízo de Deus.
Cristo é o mediador da paz – na Cruz do Calvário pagou os pecados, reconciliando o pecador com Deus.  Mediante a fé o pecador é justificado e alcança a paz com Deus.

Rm 5:1 Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo”.

É Deus quem busca paz com o pecador e a conserva.
Isaías 26:3 “Tu, SENHOR, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti.”

c)     Resultados da Paz

A paz de Deus é um presente que Cristo oferece ao crente. Ele pode gozar uma paz interior que independerá das adversidades, problemas ou perturbações do dia-a-dia.
Jo 14:27 Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; eu não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”.

É obtida e mantida na vida do crente através da comunhão íntima com Jesus.
Fp 4:6-7 “Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças; e a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus”.
Sua confiança e segurança serão depositadas no Senhor e em tudo buscará Seus conselhos, pela Bíblia e oração. Para este crente, a Paz de Cristo orientará suas decisões e ações.
Cl 3:15 “E a paz de Cristo, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos.

É na Igreja que os crentes aprendem a exercitar e praticar a paz.
É a ausência de desordem na Igreja  Essa irmã terá como prioridade o bem comum da Igreja acima de seus interesses pessoais. Sempre evitará confusão.

Co 14:33 “Porque Deus não é Deus de confusão, mas sim de paz. Como em todas as igrejas dos santos”.

É uma comunhão diária de paz com os líderes – Ela honrará seus líderes, pois entenderá que form servos enviados para pastorear o rebanho do Senhor.

1Ts 5:13 e que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obras. Tende paz entre vós”.

É uma comunhão diária de paz entre os irmãos – Sempre terá o coração disposto para o bem comum.

2 Co 13:11 “Quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados, sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco”.

A prática da Paz e da Santificação até a vinda de Cristo – Terá uma vida de devoção e santidade, sempre olhando para a cruz de Cristo.

Hb 12:14 “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o SENHOR”.

O crente que goza a paz de Deus não será melindroso... não se sentirá ofendido ou ultrajado por um irmão na igreja, suspeitando de alguma má vontade, pois estará com seu espírito tranqüilo, descansando no Senhor.

Paz com todos os homens é um alvo a ser alcançado pelo crente, pois deve mostrar ao mundo um caráter transformado, refletindo a imagem de Cristo.
Esta crente não se exasperará com as grosserias do esposo ou filhos incrédulos, mas responderá com brandura, pois entenderá que a inimizade deles, primariamente, é com Deus. Também não se deixará irritar pelo vendedor mal educado, com as implicâncias do vizinho, ou por ser ultrapassado na fila do médico, pois seu objetivo será sempre buscar a paz.
Se possível, terá paz com todos os homens – Rm 12:18  “Se for possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens”  .

Buscará diligentemente a paz – 1 Pe 3:11 “aparte-se do mal, e faça o bem; busque a paz, e siga-a”.

Não esperará elogios dos homens, antes, buscará ser honrado por Cristo – Mt 5:9  “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus”.

d)    Ministério da paz

Assim como recebemos o perdão de Deus, sem merecimento algum, nós que éramos inimigos fomos objeto de Sua paz, também Deus nos deu uma grande obra para realizarmos, enquanto estamos aqui na terra: ir por todo o mundo e pregar o Evangelho da Paz.
É uma arma na luta contra Satanás – Ef 6:15 “E calçados os pés na preparação do evangelho da paz”.
É um ministério que nos foi outorgado por Deus – 2 Co 5:18-19 “E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação. Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação”.

É uma honra e grande responsabilidade, pois somos embaixadores de Cristo – Seus representantes oficiais na terra – 2Co 5:20 “De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos pois da parte de Cristo que vos reconcilieis com Deus”.

6.1.     ABIGAIL – A mulher que busca a paz.

Mt 5:9 / 1 Sm 25:1-44                                      














a)     Contexto

O rei Saul fora rejeitado por Deus e, impiamente, procurava matar Davi, já ungido rei. Davi fugia com um bando de 600 homens. No Carmelo, os pastores de Nabal tosquiavam as suas ovelhas, e o bando de Davi os protegeu, sem exigir nada.
Nabal era um homem rico, porém, maligno e duro de coração. Seu nome significa “homem de Belial” – significa tolo – não de estúpido mental, mas de alguém insensível ou louco, quanto a Deus e aos direitos dos homens.

O Pedido de Davi

A saudação é de paz e revela a amizade que seus homens tinham pelos servos de Nabal. Os moços de Davi falaram a Nabal e aguardaram.
“Direis àquele próspero: Paz seja contigo, e tenha paz a tua casa, e tudo o que possuis tenha paz! achem mercê, pois, os meus moços na tua presença, porque viemos em boa hora; dá, pois, a teus servos e a Davi, teu filho, qualquer coisa que tiveres à mão.”  (vs. 6;8)

A resposta de Nabal

Nabal responde de maneira insolente. Ignora propositadamente a Davi, mostrando predileção por Saul (v. 10). É avarento. Os moços de Davi lhe relatam o desagravo de Nabal.
“Quem é Davi, e quem é o filho de Jessé? Muitos são, hoje em dia, os servos que fogem ao seu senhor. Tomaria eu, pois, o meu pão, e a minha água, e a carne das minhas reses que degolei para os meus tosquiadores e o daria a homens que eu não sei donde vêm?” (vs. 10-11; 17).

A ira de Davi

Davi fica indignado com o tratamento de Nabal, em virtude da consideração que havia demonstrado.   Enfurecido, resolve vingar-se. Prepara uma comitiva de uns quatrocentos homens armados e sai para exterminar a casa de Nabal. (vs. 13; 21-22)

b)    Abigail – sua respeitabilidade

Abigail era o nome da mulher de Nabal. Ela era sensata e formosa. Seus servos confiavam que a sua senhora tomaria uma atitude a fim de evitar uma tragédia (v. 14-17). Então avisam Abigail sobre a bondade de Davi, do seu pedido e a resposta de Nabal. Por fim, alertaram do perigo iminente e a necessidade de evitar uma desgraça.
“Agora, pois, considera e vê o que hás de fazer, porque já o mal está, de fato, determinado contra o nosso senhor e contra toda a sua casa.” (v. 17)

c)     Abigail – sua reação

Prepara um grande presente de mantimentos, manda os seus servos adiante dela a encontrar-se com Davi e oculta o plano a Nabal. (v. 17-19)
Abigail humilha-se diante de Davi, intercede pela sua casa, buscando uma solução. Não culpa Nabal, ao contrário, assume a responsabilidade da culpa e pede perdão. Não se apresentou como vítima, declarando que não era responsável pelo fato ocorrido.
Usou a Palavra e exortou em nome do Senhor. Tinha convicção que Davi era um servo de Deus, pois lembrou-lhe o seu relacionamento com Deus e Suas promessas e o alertou sobre o pecado da vingança pessoal, bem como as recompensas da obediência (v. 23-31).
O comportamento de Abigail em se identificar como solidária na culpa, mesmo que não o seja na realidade, é encontrado em outros grandes servos de Deus que, apesar de individualmente serem inocentes de rebeldia contra Deus, eles se identificaram com o povo de Deus e se humilharam, pedindo o perdão do Senhor:
·       Moisés
Em meio a um povo incrédulo e idólatra (Êx. 32), Moisés sobe ao Monte Sinai para receber as Tábuas da Lei e quando desce, o povo havia feito um bezerro de ouro para adorar (1-8). Ele, desolado, quebra as Tábuas, e manda matar todos os idólatras (25-29).
Porém, apesar de não ter pecado à semelhança deles, intercede pelos idólatras assumindo a culpa.
Êxodo 32:32  Agora, pois, perdoa o seu pecado; se não, risca-me, peço-te, do teu livro, que tens escrito.
·       Jeremias
Profeta justo, no meio de um Israel mal e impenitente, quando ora e clama pelo povo, se identifica com eles.
Jr 14:20  Ah! SENHOR! Conhecemos a nossa impiedade e a maldade de nossos pais; porque pecamos contra ti.
·       Daniel
Homem fiel a Deus e que sofria pelas rebeldia e incredulidade do povo no cativeiro babilônico, quando busca o Senhor em oração, se identifica com o pecado do povo.
Dn 9: 5  “pecamos, e cometemos iniquidade, e procedemos impiamente, e fomos rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos”.
·       Paulo
O apóstolo Paulo com tristeza pela incredulidade do povo de Israel, se identifica com a nação ao ponto de desejar ser maldito, se possível fora, por amor deles.
Rm 9:3  Porque eu mesmo poderia desejar ser anátema de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne”.

O verdadeiro cristão não deve se sentir isento do pecado da Igreja, pois, se somos o corpo de Cristo, somos membros uns dos outros, e solidários nas bênçãos e responsabilidades.

d)    Abigail – seus resultados

Davi reconhece que Abigail falou da parte de Deus.

Bendiz a Deus e a Abigail, agradecendo-lhe a prudência. Recebe os presentes em sinal de perdão. (vs. 33-34)

“Então, Davi recebeu da mão de Abigail o que esta lhe havia trazido e lhe disse: Sobe em paz à tua casa; bem vês que ouvi a tua petição e a ela atendi.” (v. 35)

Davi reconhece que a vingança é do Senhor e mais uma vez agradece a Deus que o deteve de fazer o mal e recompensa Abigail tomando-a por mulher (v. 39-41).

Deus castiga Nabal.

Nabal percebe a gravidade do seu ato. Pois pela manhã, já livre dos efeitos do vinho, sua mulher lhe contou tudo o que ocorreu e de como ela havia se comportado. Ele, então, toma consciência dos seus atos e ficou apavorado. Passados uns dez dias, feriu o SENHOR a Nabal, e este morreu. (v. 37-38)

Abigail é conservada em paz

Davi recompensa Abigail tomando-a por mulher (v. 39-41).

Mt 5:9  “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus”.

Amém!


7.   O FRUTO DO ESPÍRITO É LONGANIMIDADE.
















Conceito secular: significa uma virtude que consiste em suportar dores, infortúnios, etc. com resignação.
Conceito teológico: no grego – Makrothymia – Longanimidade. Significa paciência (sofrimento contínuo por um longo período), perseverança, constância.

a)     É um atributo essencial de Deus e expressa Sua bondade.

·       Deus suporta o obstinado e o malvado apesar de sua persistente desobediência.
Deus esperou 120 anos para mandar o juízo do Dilúvio (1 Pedro 3:20).
Deus manteve no deserto, por 40 anos, o povo rebelde que saiu do Egito, até que toda aquela geração morresse, sob juízo (Atos 13:18).
Deus, às vezes, espera um longo tempo, antes de derramar Seu juízo sobre o ímpio.
Sl 145:8  Benigno e misericordioso é o SENHOR, tardio em irar-se e de grande clemência.
2 Pe 2:4 Ora, se Deus não poupou anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no inferno, os entregou a abismos de trevas, reservando-os para juízo;
·       Deus é paciente com aqueles a quem quer salvar, seus eleitos.
1 Tm 1:12-16  Sou grato ... me considerou fiel ... a mim, que, noutro tempo, era blasfemo, e perseguidor, e insolente. ... pois o fiz na ignorância, na incredulidade ... me foi concedida misericórdia, para que, em mim, o principal (“PECADOR”),  evidenciasse Jesus Cristo a sua completa longanimidade, e servisse eu de modelo a quantos hão de crer nele para a vida eterna.

b)    Denota uma virtude humana – o prolongado refrear da “ira” ou da “agitação” – é manter a ira longe.

·         Deus espera que seus santos eleitos demonstrem em suas vidas a longanimidade, não só como uma  característica de caráter íntima, mas sim que transpareça pelo seu modo de vida.
Cl 3:12  Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade.
·         Deus espera que seus santos eleitos demonstrem no relacionamento com o próximo uma atitude positiva que sempre levará essa pessoa a chegar a um bom-termo.
Efésios 4:1-2  Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor,
1 Ts 5:14  Exortamo-vos, também, irmãos, a que admoesteis os insubmissos, consoleis os desanimados, ampareis os fracos e sejais longânimos para com todos.
·         Deus espera que os seus filhos ao serem contrariados e rejeitados em seus desejos ou opiniões, ou mesmo quando são alvo de provocações, não se deixem levar pela carne, buscando justificações ou mesmo retratações por parte dos opositores. Mas, ao contrário, olhem para Cristo. E verão que Ele foi injuriado, injustiçado e ofendido por pessoas rebeldes, as quais queria salvar e, longânimo, suportou tudo, pois queria fazer a vontade do Pai.
João 6:40 Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.  
Usaremos como estratégia pedagógica, o contraste entre as personalidades de duas mulheres iracundas que conviveram com dois tipos de homem: um iracundo como ela, trazendo o mal para a família e outro longânimo e temente a Deus, cuja justiça trouxe bênçãos para sua casa.
Provérbios 11:23  “O desejo dos justos tende somente para o bem, ... mas a expectação dos perversos ... redunda em ira.”

7.1.      Mulher de Potifar – Rejeitada, mostra sua ira.

(Gn 39)
















a)     Contexto

José estava escravizado no Egito. O Chefe da guarda, Potifar, viu o relacionamento de José com o seu Deus e que o Senhor o fazia prosperar. Confiou tudo que tinha nas mãos de José (vs. 3, 6). José era formoso e temente a Deus (v. 6).
A Mulher de Potifar era maligna de coração e infiel ao esposo. Cobiçou o jovem José e o queria para seu amante. José negou-se a tal intento (vs. 7-12).

b)    Comportamento que redundou em ira.

Ao se sentir rejeitada ou não atendida nos seus desejos, não se preocupou em caluniar e prejudicar uma pessoa inocente. Ela era iracunda, sentindo-se rejeitada, buscou vingança (v. 13-19).
Potifar puniu a José, lançando-o na prisão.
Gn 39:20 E o senhor de José o tomou e o entregou na casa do cárcere, no lugar onde os presos do rei estavam presos; assim, esteve ali na casa do cárcere.

7.1.      Mulher de Jó – desespero no sofrimento.















a)     Contexto

Temente a Deus e tinha o testemunho do próprio Deus... (v. 1:8). Decorrido o turno de dias de seus banquetes, chamava Jó a seus filhos e os santificava ... e oferecia holocaustos ... pois dizia: “Talvez tenham pecado os meus filhos e blasfemado contra Deus em seu coração”. Assim o fazia Jó continuamente (v. Jó 1:5).
Jó sofre uma desgraça (v. 1:10 a 2:8).
Jó 1:20-21  Jó ... adorou e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o SENHOR o deu e o SENHOR o tomou; bendito seja o nome do SENHOR!
A mulher de Jó era maligna de coração, ímpia e iracunda. Ao ver todo o sofrimento pelo qual seu marido passava, sugeriu que ele amaldiçoasse a Deus e pedisse a morte (v. 2:9).
Jó 2:9   Então, sua mulher lhe disse: Ainda conservas a tua integridade? Amaldiçoa a Deus e morre.

b)    Seu comportamento não redundou em ira.

Porque Jó era longânimo, ele conservou a sua integridade... E não pecou contra Deus.
Jó 2:10  Mas ele lhe respondeu: Falas como qualquer doida; temos recebido o bem de Deus e não receberíamos também o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios...

8.   O FRUTO DO ESPÍRITO É BENIGNIDADE.

Conceito secular: é uma virtude de quem não é perigoso ou maligno.
Conceito teológico: no grego – Chrestotes – refere-se a uma disposição gentil e bondosa para com os outros.

9.   O FRUTO DO ESPÍRITO É BONDADE.
















Conceito secular: qualidade de bom, boa ação.
Conceito teológico: no grego – agathos – refere-se à bondade ativa, à prática do bem.
Bom é tudo o que é digno de aprovação. Precisamos, então, de um parâmetro para estabelecermos um padrão. Mas, na realidade, não somos livres para decidir por conta própria o que é digno de aprovação ou não. Pois Deus, e só Ele, é o parâmetro definitivo do que é bom.

a)     Bondade é um atributo moral de Deus.

Jesus deixou isso bem claro ao dizer, em Lucas 18:19, respondendo a um homem: “Por que me chamas bom? Ninguém é bom, senão um, que é Deus”.
Nós também podemos experimentar, pelo Espírito Santo, a bondade de Deus.
Salmos 34:8   Oh! Provai e vede que o SENHOR é bom;
Romanos 12:2  E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

b)    Tudo o que Deus faz é bom.

Todas as suas obras são dignas de aprovação.
Gn 1:31  Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. Houve tarde e manhã, o sexto dia.
Deus faz somente coisas boas para Seus filhos
Romanos 8:32  Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?

c)     A bondade de Deus é demonstrada sob três aspectos.

·       Misericórdia – É Sua bondade para com aqueles que se encontram aflitos.
Efésios 2:12  naquele tempo, estáveis sem Cristo, .... , e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo.

·       Graça – É Sua bondade para com aqueles que só merecem castigo.
Efésios 2:1 Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados

·       Paciência – É Sua bondade para com aqueles que persistem no pecado por certo tempo. Ele suporta o obstinado e o malvado apesar de sua persistente desobediência.
1 João 1:9  Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.
2 Pedro 3:9  Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.”

d)    Cheias do Fruto do Espírito, devemos também nós fazer o bem.

Não tornando a ninguém mal por mal. Ao contrário, esforçando-nos por fazer o bem perante todos os homens (Rm 12:17). 
Sempre que houver oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé (Gl 6:10). 
Jamais  imitar o que é mau, senão o que é bom. Sabendo que aquele que pratica o bem procede de Deus. Ao contrário, aquele que pratica o mal jamais viu a Deus (3 João 1:11). 

9.1.  A MENINA SERVA DE NAAMÃ – “Escrava, mas, ... transbordando de benignidade e cheia de frutos de bondade.”

2 Reis 5:1-19






















a)     Contexto

As tropas do exército da Síria invadem o território Israel, em guerra, saindo vitoriosos. E levam muitos israelitas como escravos. (v. 2).
Uma menina dentre os prisioneiros de Israel foi levada e passou a servir como escrava à esposa do grande general Naamã (v. 2).
Naamã, comandante do exército do rei da Síria, era um grande guerreiro, herói valoroso que dera vitórias à Síria. E muito respeitado por seu rei (v. 1).
O grande comandante, apesar de orgulhoso e condecorado, era leproso (vs. 1 e 12).

b)    A menina escrava

A menina escrava, vivendo com a família, via o sofrimento daquele homem, dia após dia. Ela poderia ter desenvolvido raiva no seu coração contra aquelas pessoas que a mantiam cativa e até desejar que o mal do seu senhor se alastrasse.
Mas ela conhecia e cria no Deus de Israel.  E não somente tinha fé em Deus, mas também conhecia o profeta Eliseu que habitava em Samaria (v. 3).
Então ela, cheia de benignidade, comunicou a sua senhora que havia um Deus que poderia salvar o general, e um profeta que o curaria. E influenciou a esposa do comandante a aconselhar o esposo a procurar o profeta de Deus (v. 4).

c)     O problema de Naamã

Naamã foi falar com seu rei e conseguiu cartas e dinheiro para levar ao rei de Israel. Aquele era um homem orgulhoso e achou que “compraria” a cura para o seu mal (vs. 11-12).
O que ele não sabia era que a Deus não se compra. O profeta Eliseu sabia que aquele homem tinha um problema maior que sua enfermidade física. Ele era orgulhoso, arrogante e autossuficiente. Ele precisava de Deus.
O profeta conduziu a situação de maneira que Naamã reconhecesse que somente Deus é bom.

d)    Naamã é curado

Naamã ao obedecer à ordem do profeta Eliseu foi curado da lepra (v. 14).    

e)     Naamã conhece a Deus

O general ainda tentou retribuir o benefício recebido com presentes (v. 15). Mas entendeu, através da atitude do profeta que a benignidade de Deus não se compra. Se converteu ao Senhor. Creu em Deus e passou a servi-Lo (vs. 17-19).

f)      As lições que a benignidade da menina nos ensina

·       Misericórdia – Ao invés de odiar seu raptor, sente pena do seu sofrimento.
·       Graça – Poderia desejar que Naamã sofresse como castigo por tê-la mantido escrava, mas, ao contrário, sentiu desejo de libertá-lo de tão grande pesar.
·       Paciência – Mesmo que Naamã fosse um miserável pecador, desejou que ele conhecesse o poder do Deus que a salvara e que poderia salvá-lo também.

10.  O FRUTO DO ESPÍRITO É FIDELIDADE.
















Conceito secular: Qualidade de quem é fiel, leal, que cumpre aquilo a que se obriga, que não falha, sincero.
Fiel - Ponteiro que indica o equilíbrio da balança.
Conceito teológico: do grego – pistis – Ser leal, digno de confiança, fiel, fé.

Vejamos alguns exemplos de fidelidade:

·       Algo que é a cópia de outra.

Quando mandamos fazer cópias de uma chave, ao recebermos a cópia e a original podemos dizer que a cópia é fiel a original. Ou uma cópia de documentos é autenticada em cartório, é carimbado "Firmo e dou fé", como prova da autenticidade.

·       Comparação entre duas grandezas.

Fiel é um termo utilizado para expressar a ideia de comparação entre dois objetos. Não quer dizer que ambos são iguais, mas que um corresponde ao outro comparativamente. Como o ponteiro que equilibra dois lados de uma balança.

·       Alguém que cumpre aquilo que promete.

Quando alguém nos promete algo e depois cumpre – afirmarmos que tal pessoa é fiel.
Dentro da realidade da palavra de Deus devemos iniciar com Deus e envolve estes 2 aspectos.
A fidelidade de uma pessoa inicia em Deus. 

Dentro da realidade da palavra de Deus vejamos a Fidelidade em 2 aspectos:

1.    A Fidelidade de Deus – Sua veracidade.

“A veracidade divina implica que ele é o Deus verdadeiro, e que todo o seu conhecimento e todas as suas palavras são ao mesmo tempo verdadeiros e o parâmetro definitivo da verdade.[1] 
Sua fidelidade está baseada em seus próprios atributos:

·       A imutabilidade daquele que promete.

Deus não muda jamais, pois é totalmente perfeito, não sendo possível melhorar ou piorar em nenhum de seus atributos.
Ml 3:6  “Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.”

·       O poder de cumprir.

Deus tem todo o poder no céu e na terra. Assim, é totalmente capaz de cumprir toda a sua vontade.
Isaías 46:9-10  “Lembrai-vos das coisas passadas da antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro, eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim; que desde o princípio anuncio o que há de acontecer e desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho permanecerá de pé, farei toda a minha vontade.”

·       Sua Palavra – a clareza das promessas.

Deus já no V.T. prometeu ao seu povo que faria com eles uma nova aliança, onde seriam postas as leis de Deus no coração e na mente, que passariam a ser propriedade de Deus.
Jeremias 31:33  “Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o SENHOR: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.”
Com esta promessa Deus chegou a cada uma de nós. Esta é primeira das promessas e se somos salvos sabemos que as demais promessas ou já se cumpriram, ou ainda se cumprirão.

2.     A fé como uma virtude cristã.

·       A fé e a Palavra.

A permanência na palavra de Deus mostra que somos discípulos de Cristo, amantes da Verdade e Suas cópias fiéis.
Jo 8:31-32  “Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”
Não mais seremos guiados por vistas ou pelos próprios pensamentos.
Hb 11:1  “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem.”

·       A fé e o testemunho.

A fidelidade é uma obra de Deus em nossas vidas. Deus é fiel e cumprirá sua promessa, tornando-nos crentes fiéis.
1 Ts 5:24  “Fiel é o que vos chama, o qual também o fará.”
Nós autenticamos a Palavra de Deus com a nossa fidelidade.
1 Co 4:2   Ora, além disso, o que se requer nos despenseiros é que cada um seja encontrado fiel.
Num mundo decaído e mergulhado na mentira e engano, devemos falar a verdade.
Cl 3:9-10  Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do homem velho com os seus feitos,
e vos vestistes do novo, que se renova para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou.”
Assim, nós que conhecemos as promessas de Deus devemos saber que Ele é poderoso para cumpri-las, bem como para a formação de um caráter fiel, manifestado em nossas atitudes.
Tg 2: 17-19  Assim também a fé, se não tiver obras, é morta em si mesma. Mas dirá alguém: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me a tua fé sem as obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.

10.1.   RAABE – “O preço da fidelidade"





Texto: Js 2.


















1. Contexto

Mulher Cananéia, pecadora, morava na muralha da cidade de Jericó (v.1). Não fazia parte do povo de Deus. Morava no meio de um povo idólatra.

2. Confessa sua fé, reconhece a grandeza de Deus e Crê que Israel é o povo escolhido. Josué 2:9-11. 

a)     A fidelidade de uma pessoa inicia em Deus. Nas Suas promessas.

vs. 9-10  “... e lhes disse: Bem sei que o SENHOR vos deu esta terra, e que o pavor que infundis caiu sobre nós, porque temos ouvido que o SENHOR secou as águas do mar Vermelho diante de vós...”

b)    A imutabilidade daquele que promete.

v. 10  “... e também o que fizestes aos dois reis dos amorreus, Seom e Ogue, que estavam além do Jordão, os quais destruístes.”

c)     O poder de cumprir.

v. 11  “Ouvindo isto, desmaiou-nos o coração, e em ninguém mais há ânimo algum, por causa da vossa presença; porque o SENHOR, vosso Deus, é Deus em cima nos céus e embaixo na terra.”

3. É fiel à sua fé: A fidelidade como virtude dos que creem.

A permanência na palavra de Deus mostra que somos discípulos – mostrou que ela era discípula.
Acolhe os espias, mesmo correndo riscos, pois desobedece às ordens do rei. (vs. 2-7) 
E providencia- lhes a fuga. (vs. 15-16) 

4. Espera fidelidade do povo de Deus.

Deus é fiel e cumprirá sua promessa, tornando os seus servos (crentes) fiéis.
Pede misericórdia para toda a casa de seu pai (vs. 12-13). 
Combinam um sinal claro (vs. 18-19).

5. O Senhor é fiel – Raabe é salva! (6:16-17;22-23).

"E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa." (Atos 16 : 31).
·       Após a destruição  de Jericó, Raabe habitou entre os  Israelitas.
·       Casou-se com Salmom.
·       Deu à luz Boaz, que foi bisavô de Davi.
·       Tornando-se assim, da linhagem de Jesus.

11.    O FRUTO DO ESPÍRITO É MANSIDÃO.














I. Definição

Conceito Secular: Brandura de gênio ou de índole; brandura na maneira de expressar-se; doçura, meiguice, suavidade.
Conceito Teológico: Do grego (praotes) Capacidade de submeter-se, passivamente, às orientações do Senhor. Obediência humilde. Há uma estreita relação entre a participação passiva do servo e o governo do Senhor.

II. A ideia surge no VT

1. Para descrever a suavidade do governo de Deus e a grande vantagem em obedecê-lo.

Salmos 25:9   “Guia os humildes na justiça e ensina aos mansos o seu caminho.”
Isaías 66:2  “Porque a minha mão fez todas estas coisas, e todas vieram a existir, diz o SENHOR, mas o homem para quem olharei é este: o aflito e abatido de espírito e que treme da minha palavra.”

2. Jesus, profeticamente, é citado como humilde, ao entrar em Jerusalém em seu jumentinho, e assim o fez em obediências às Escrituras.

Zacarias 9:9  “Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis aí te vem o teu Rei, justo e salvador, humilde, montado em jumento, num jumentinho, cria de jumenta.
Realizado literalmente por Jesus. O Deus eterno, deixou sua glória que tinha antes que houvesse mundo, e veio, em humildade e mansidão, cumprir o propósito da salvação.
Mateus 21:5  Dizei à filha de Sião: Eis que o teu Rei aí te vem, Manso, e assentado sobre uma jumenta, E sobre um jumentinho, filho de animal de carga.
Mas é interessante que logo após Cristo ter entrado em Jerusalém, cumprindo a profecia (manso e humilde), tomado de zelo, fez um chicote de cordas e espantou os infiéis em defesa da verdade e do Templo de Deus.
Não devemos confundir mansidão com apatia ou subserviência ao pecado.

III. No Novo Testamento

1. É característica do domínio de Cristo.

É o termo utilizados para expressar as marcas do domínio de Cristo, que leva a cabo seus propósitos sem o uso da força. Assim ressalta a humildade de Cristo.
Aqueles que possuem essa virtude, frequentemente reconhecerão a bondosa mão de Cristo em meio às adversidades, pois sabem que todas as coisas cooperam para o seu bem, segundo o propósito d’Ele (Rm 8:28).
Mateus 11:29 “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.”

2. Cristo promete recompensas aos que procedem com mansidão.

Essa virtude fará que aquele que sofre injúrias  ou maus tratos, não revide, reconhecendo que são situações permitidas por Deus visando o plano e propósito divinos, certo de que receberá do Senhor a recompensa.
Mateus 5:3  “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.”
Mateus 5:5  “Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra.”

3. Manso e humilde, mas defendendo a Palavra de Deus.

Novamente afirmo: Não devemos confundir mansidão com apatia ou subserviência ao pecado.
O apóstolo Paulo no contexto de 2 Co 10, mostra a mansidão como atitude de Cristo, mas defendendo a verdade.
E eu mesmo, Paulo, vos rogo, pela mansidão e benignidade de Cristo, eu que, na verdade, quando presente entre vós, sou humilde; mas, quando ausente, ousado para convosco, sim, eu vos rogo que não tenha de ser ousado, quando presente, servindo-me daquela firmeza com que penso devo tratar alguns que nos julgam como se andássemos em disposições de mundano proceder.”
O grande servo Moisés foi elogiado como manso, mas teve atitudes de revolta contra o pecado e em defesa da verdade. Em Nm 12:3 O Senhor diz que “Moisés era mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra”, porém, em Êxodo 32, vemos Moisés mandar matar 3.000 idólatras no meio do arraial, em defesa de Deus e de Sua Palavra. 

IV. Conclusão

1.   Não é resultado do temperamento natural, atitude meramente humana.

É obra do Espírito Santo. É uma realidade quando os homens se conformam a Cristo e à Sua imagem.

2.   E resultado da eleição e chamada de Deus.

Cl 3.12   “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade.”
Ef 4.2   “Com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor.”

11.1.  RUTE – “Humilde, mansa, obediente... Recebe do Senhor a recompensa.”

Texto: Livro de Rute













1.   Contexto

Elimeleque, homem de Belém de Judá, sua esposa Noemi, e seus 2 filhos, durante um período de muita escassez em Israel, partiu e foi morar na terra de Moabe. Lá seus filhos casaram-se com moças moabitas, Orfa e Rute. Rute, conheceu o Deus de Israel através da família de seu esposo.
Aconteceu que depois de um tempo, morreram o esposo e os dois filhos, ficando somente as 3 viúvas.
Rute teria o direito de voltar para o seu povo e seus deuses. Porém, decide ficar com sua sogra, servir ao Deus verdadeiro e fazer parte do povo de Israel. As duas voltam para Belém numa situação de pobreza extrema (1.21).
Rute toma para si a responsabilidade pelo seu sustento e da sogra. Não mede esforços e sai em busca de comida, colhendo espigas nos campos, após as servas.

2.   Deus guia seus passos e a protege.

·         Deus guia seus passos ao campo de um resgatador (parente próximo). E cuida para que seja protegida e consiga comida.
Salmos 25:9  “Guia os humildes na justiça e ensina aos mansos o seu caminho.”
·         Submete-se, passivamente, às orientações do dono do campo: Boaz.
Rute 2:8-9  “Então, disse Boaz a Rute: Ouve, filha minha, não vás colher em outro campo, nem tampouco passes daqui; porém aqui ficarás com as minhas servas. Estarás atenta ao campo que segarem e irás após elas. Não dei ordem aos servos, que te não toquem? Quando tiveres sede, vai às vasilhas e bebe do que os servos tiraram.”
Ao acatarmos com mansidão a direção de Deus, conheceremos Suas bênçãos e Cristo nos guiará.

3.   O governo do Senhor e a passividade do servo.

·         Há uma estreita relação entre o governo do Senhor e a participação passiva do servo.
·         Noemi conhecia a Lei de Deus do “Levirato”:
Dt 25:5-6  “Se irmãos morarem juntos, e um deles morrer sem filhos, então, a mulher do que morreu não se casará com outro estranho, fora da família; seu cunhado a tomará, e a receberá por mulher, e exercerá para com ela a obrigação de cunhado. O primogênito que ela lhe der será sucessor do nome do seu irmão falecido, para que o nome deste não se apague em Israel.”
·         Rute se submete humildemente ao plano de Noemi, que segundo a Lei, vai buscar-lhe um resgatador.
·         Faze assim e assim... (Rute 3:1-4)
Rute 3:5  “Respondeu-lhe Rute: Tudo quanto me disseres farei.”
Assim deve ser a vida dos santos em relação à Palavra de Deus, em submissão passiva e obediente, com humildade.
Tiago 1:21  “Pelo que, despojando-vos de toda sorte de imundícia e de todo vestígio do mal, recebei com mansidão a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar as vossas almas.”

4.   A suavidade do governo de Deus e a vantagem em obedecê-Lo.

·         A história de Rute descreve a suavidade do governo de Deus e a grande vantagem em obedecê-Lo.
Isaías 66:2  “... diz o SENHOR, mas o homem para quem olharei é este: o aflito e abatido de espírito e que treme da minha palavra.”
·         O resgatador, Boaz, toma conhecimento do fato, aceita cumprir a Lei e elogia a Rute.
Rute 3:10-11  “Disse ele: Bendita sejas tu do SENHOR, minha filha; melhor fizeste a tua última benevolência que a primeira, pois não foste após jovens, quer pobres, quer ricos. Agora, pois, minha filha, não tenhas receio; tudo quanto disseste eu te farei, pois toda a cidade do meu povo sabe que és mulher virtuosa.”
Devemos almejar ser como Rute, que era precedidas por suas boas ações e comportamento.

5.   A recompensa da mansidão.

·       Rute casa com Boaz e tem um filho, Obede, que é o avô de Davi.
Rute 4:13  “Assim, tomou Boaz a Rute, e ela passou a ser sua mulher; coabitou com ela, e o SENHOR lhe concedeu que concebesse, e teve um filho.”
v.14   “Então, as mulheres disseram a Noemi: Seja o SENHOR bendito, que não deixou, hoje, de te dar um neto que será teu resgatador, e seja afamado em Israel o nome deste.”
v. 15  “Ele será restaurador da tua vida e consolador da tua velhice, pois tua nora, que te ama, o deu à luz, e ela te é melhor do que sete filhos.”

12.     FRUTO DO ESPÍRITO É DOMÍNIO PRÓPRIO.

















Conceito Secular: Qualidade de quem tem poder sobre si mesmo. Significa perseverança em abster-se de algo.
Conceito teológico: no grego – egkrateia – ter controle sobre si, a virtude daquele que é senhor dos seus desejos e paixões (especialmente os desejos sensuais).

1.   O domínio próprio não é algo que faça parte naturalmente do coração do salvo.

Pelo contrário, é um comportamento que está em contraste direto com os desejos da velha natureza caída, que busca a satisfação dos pensamentos e da carne (Ef 2:3).
Domínio próprio nos capacita a abandonar as paixões que tínhamos na ignorância e revestirmo-nos e do novo homem que busca agradar a Deus. Abandonando a justiça própria e considerando a justiça que vem de Deus, passando a viver por fé (Rm 1:7).
Em contraste com esse comportamento ficam aquelas pessoas que mesmo estando no meio da Igreja de Cristo, não se submetem a Deus e perseveram no seu pecado:
·       Pessoas cuja única justiça que importa é a sua própria, desconsiderando a justiça de Deus (Rm 10:2-3).
·       Pessoas com aparência de piedade (Cl 2:23), que alegam servir a Cristo, mas na verdade servem ao próprio ventre (Rm 16:17-18), ocupando-se em primeiro lugar com seus desejos.
·       Para essas pessoas está reservada a manifestação da ira de Deus (Rm 1:18).

2.   Mesmo depois de regenerado travamos uma batalha interior.

Podemos sentir o sincero desejo de obedecer a Deus, mas não vermos isso refletido em nossas atitudes (Rm 7:19).  O que fazer, então, para sairmos vitoriosos?  
Em 1 Co 9:25, o apóstolo faz uma comparação entre o comportamento cristão e o de um atleta de maratona. O atleta dedicado em tudo se domina, abstendo-se de várias paixões ou prazeres, muitas das vezes lícitos, visando alcançar um objetivo. É interessante frisarmos que os atletas levam uma vida regrada e cheia de abstinências, mas, alguns salvos nem consideram abrir mão de prazeres pessoais. Aqueles de tudo se abstém para alcançar uma coroa corruptível. E nós? Consideramos o que nos está prometido?
Nós temos uma carreira para correr e devemos fazê-lo com os olhos em Cristo (Hb 12:1-2), visando obter o prêmio: uma coroa incorruptível de glória (1 Pe 5:4). A corrida poderá ter diferentes graus de obstáculos ou dificuldades, que cada um enfrentará conforme a medida da graça de Cristo (Ef 4:7).
Despojando-nos da velha natureza e revestindo-nos do novo homem criado em verdadeira justiça e santidade. Deixando a mentira, irando, mas não pecando, não roubando, não falando nenhuma palavra torpe. Longe de nós toda a amargura, ira, cólera, gritaria, blasfémia e toda a malícia. Antes, sendo benignos, misericordiosos, perdoando-nos uns aos outros (Ef 4:22-32).

3.   Domínio Próprio é um dom do Espírito de Deus e é preciso que haja submissão para exercitá-lo.

É trabalho de uma vida. É o constante crescer em conhecimento e graça, numa busca diligente de obedecer a Cristo e refletir Sua imagem.
Em 2 Pe 1:3-8, o apóstolo Pedro, que passou por várias dificuldades em sua vida cristã motivado pelo excesso de auto confiança e falta de temperança (Mt 14:29-30; 16:16-23; 26:35-76; Lc 22:31-33) , nos mostra um caminho sobremodo excelente que exigirá de nós toda a diligência para alcançá-lo.
Visto como o seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e piedade, pelo conhecimento daquele que nos chamou pela sua glória e virtude;  Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo.  E vós também, pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai à vossa a virtude, e à virtude a ciência, e à ciência a temperança, e à temperança a paciência, e à paciência a piedade, e à piedade o amor fraternal, e ao amor fraternal a caridade. Porque, se em vós houver e abundarem estas coisas, não vos deixarão ociosos nem estéreis no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo.
Nosso Deus já nos deu todas as ferramentas necessárias para sermos participantes de Sua natureza:
·       Divino poder – Deus nos capacita a conhecer a Cristo, pela iluminação do Espírito Santo. Através da leitura da Palavra, oração, meditação e comunhão podemos alcançar, ainda nesta vida terrena, uma antecipação do gozo da vida eterna.
Cl 3:1 “Se, pois, fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus.
·       Diligência – Com uma dedicação constante e diária, buscando ansiosamente conhecer as promessas e tomarmos posse delas para refletirmos a imagem de Cristo.
2 Co 3:18  “Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.
·       – É crer que Cristo morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para nossa justificação.  Nós entendemos essa afirmativa? Cremos e confiamos na obra de Cristo? Cremos, conforme Rm 4:25,  que Ele “... foi entregue por causa das nossas transgressões...”?  Se sim, tal fé não nos impulsiona a controlarmos nossos velhos impulsos e hábitos?
Se a nossa fé é uma “...fé que agrada a Deus” (Hb 11:6), então o escritor sagrado nos manda associarmos à nossa fé alguns valores, tais como:
·       Acrescentai à vossa fé a Virtude – O termo é “arete”, que quer dizer “excelência moral”, tais como as virtudes fruto do Espírito (Gl 5:22). Esses atributos ou virtudes devem acompanhar a genuína fé do crente, influenciando-o a ter um caráter parecido com o de Cristo.

·       Acrescentai à vossa virtude o Conhecimento – Aqui a palavra é “gnosis”, do grego, conhecimento. Mas não seria apenas inteligência ou compreensão das doutrinas cristãs, mas o conhecimento espiritual, através da comunhão e experiência com o Espírito Santo, produzindo em nós discernimento e sabedoria.
1 Jo 2:6   “Aquele que diz que está nele (O conhece), também deve andar como ele andou.”

·       Acrescentai ao vosso Conhecimento o Domínio próprio – Trata-se do poder espiritual, que possibilitará ao crente vencer os impulsos pecaminosos da velha natureza. Saber controlar o próprio temperamento, exercitando a prática das verdades bíblicas na vida diária.
Rm 8:13-14  “Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo espírito mortificardes as obras do corpo vivereis. Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus esses são filhos de Deus.” 

·       Acrescentai ao vosso Domínio Próprio a Perseverança – A palavra pode significar paciência, mas também, persistência em continuar firme nos caminhos do Senhor. Sempre prosseguindo para o alvo, não retrocedendo a velhos padrões de pensamentos ou comportamentos anteriormente abandonados. 
Tg 1:25   Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade, e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecidiço, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito.

·       Acrescentai à vossa Perseverança a Piedade – No grego é “eusebeia”, isto é, a “reverência para com Deus”. É viver uma vida santa, que tem em alta consideração os ensinamentos do evangelho de Cristo. Para esse cristão honrar a Cristo estará listado como prioridade um. Ele não será como os religiosos que não tem o Espirito, condenados por Jesus.
Mc 7:6  E ele, respondendo, disse-lhes: Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, Mas o seu coração está longe de mim;

·       Acrescentai à vossa Piedade o Amor Fraternal – No grego é “Philadelphia”, amor fraternal. É o amor fraterno, o amor que os cristãos nutrem uns pelos outros como uma família, unindo os filhos de Deus em um só corpo.
1 Jo 3:8-11  “Finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compassivos, cheios de amor fraternal, misericordiosos, humildes, não retribuindo mal por mal, ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo; porque para isso fostes chamados, para herdardes uma bênção. Pois, quem quer amar a vida, e ver os dias bons, refreie a sua língua do mal, e os seus lábios não falem engano; aparte-se do mal, e faça o bem; busque a paz, e siga-a.”

·       Acrescentai ao vosso Amor Fraternal a Caridade – No grego “agape”, é o amor como virtude do Espírito de Deus. É o amor que levou Deus a entregar Seu próprio Filho por nós. É o amor que levará os salvos a entregarem suas vidas a Cristo, não pela morte, antes, por uma vida dedicada ao Senhor.
1 Jo 4:9  “Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos.
Lc 9:23-24  “E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.  Porque, qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará.
Assim, irmãs, concluímos que é o conhecimento de nosso SENHOR Jesus Cristo que nos conduz a uma vida de temperança, em tudo buscando agradar Àquele que nos resgatou.
Procuremos desenvolver a nossa salvação, cheias do fruto do Espírito Santo, para que nossos esposos, filhos, familiares, colegas de trabalho, vizinhos possam ver em nós o amor de Deus.
Minha oração é que prossigamos “servindo uns aos outros conforme o dom que cada um recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1 Pe 4:10). 
Amém.

12.1.  UMA MULHER CUJA VIDA SIRVA DE EXEMPLO DE DOMÍNIO PRÓPRIO?


           VOCÊ!




[1] Wayne Grudem, Teologia Sistemática, pag. 143. 



AMÉM!
















































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