Para baixar a
Apresentação
Clique AQUI
O FRUTO DO ESPÍRITO É PAZ
No conceito secular
Paz significa ausência de conflito.
No conceito teológico
No grego original (Eirene), significa bem-estar que vem do próprio Deus.
Vejamos alguns aspéctos da paz, que deverão fazer parte da vida de todo homem que professa a salvação.
a) A fonte da paz
Somente Deus é a fonte da perfeita paz.
Deus Pai é o Deus da Paz – Rm 15:33 “E o Deus da paz seja com todos vós. Amém!”
Jesus é o Príncipe da Paz – Is 9:6 “Porque um menino nos nasceu, ... e o seu nome será: ... , Príncipe da Paz”.
O Espírito Santo produz Paz – Gl 5:22 “Mas o fruto do Espírito é... paz...”.
b) A paz com Deus
O homem ímpio, por melhores condições que ele possa ter na vida: saúde, bens materiais, família, comportamento adequado, ele sempre estará, consciente ou não, sob o poder da morte e a ameaça do juízo divino. Estará em inimizade com Deus. A Bíblia os chama de:
Filhos da desobediência - Ef 2:2 “... do espírito que agora atua nos filhos da desobediência;”
Filhos da ira - Ef 2:2 “... e éramos, por natureza, filhos da ira,”
Inimigos de Deus - Cl 1:21 “... estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras malignas”
A paz com Deus se fundamenta na obra Redentora de Cristo e é o resultado do perdão de Deus: já não há desobediência, ira ou inimizade entre Deus e o Homem. Essa virtude faz parte da alma do crente. Somente esses estarão livres de qualquer juízo de Deus.
Cristo é o mediador da paz – na Cruz do Calvário pagou os pecados, reconciliando o pecador com Deus. Mediante a fé o pecador é justificado e alcança a paz com Deus.
Rm 5:1 “Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo”.
É Deus quem busca paz com o pecador e a conserva.
Isaías 26:3 “Tu, SENHOR, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti.”
c) Resultados da Paz
A paz de Deus é um presente que Cristo oferece ao crente. Ele pode gozar uma paz interior que independerá das adversidades, problemas ou perturbações do dia-a-dia.
Jo 14:27 “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; eu não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”.
É obtida e mantida na vida do crente através da comunhão íntima com Jesus.
Fp 4:6-7 “Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças; e a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus”.
Sua confiança e segurança serão depositadas no Senhor e em tudo buscará Seus conselhos, pela Bíblia e oração. Para este crente, a Paz de Cristo orientará suas decisões e ações.
Cl 3:15 “E a paz de Cristo, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos”.
É na Igreja que os crentes aprendem a exercitar e praticar a paz.
É a ausência de desordem na Igreja – Essa irmã terá como prioridade o bem comum da Igreja acima de seus interesses pessoais. Sempre evitará confusão.
Co 14:33 “Porque Deus não é Deus de confusão, mas sim de paz. Como em todas as igrejas dos santos”.
É uma comunhão diária de paz com os líderes – Ela honrará seus líderes, pois entenderá que form servos enviados para pastorear o rebanho do Senhor.
1Ts 5:13 “e que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obras. Tende paz entre vós”.
É uma comunhão diária de paz entre os irmãos – Sempre terá o coração disposto para o bem comum.
2 Co 13:11 “Quanto ao mais, irmãos, regozijai-vos, sede perfeitos, sede consolados, sede de um mesmo parecer, vivei em paz; e o Deus de amor e de paz será convosco”.
A prática da Paz e da Santificação até a vinda de Cristo – Terá uma vida de devoção e santidade, sempre olhando para a cruz de Cristo.
Hb 12:14 “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o SENHOR”.
O crente que goza a paz de Deus não será melindroso... não se sentirá ofendido ou ultrajado por um irmão na igreja, suspeitando de alguma má vontade, pois estará com seu espírito tranqüilo, descansando no Senhor.
Paz com todos os homens é um alvo a ser alcançado pelo crente, pois deve mostrar ao mundo um caráter transformado, refletindo a imagem de Cristo.
Esta crente não se exasperará com as grosserias do esposo ou filhos incrédulos, mas responderá com brandura, pois entenderá que a inimizade deles, primariamente, é com Deus. Também não se deixará irritar pelo vendedor mal educado, com as implicâncias do vizinho, ou por ser ultrapassado na fila do médico, pois seu objetivo será sempre buscar a paz.
Se possível, terá paz com todos os homens – Rm 12:18 “Se for possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens” .
Buscará diligentemente a paz – 1 Pe 3:11 “aparte-se do mal, e faça o bem; busque a paz, e siga-a”.
Não esperará elogios dos homens, antes, buscará ser honrado por Cristo – Mt 5:9 “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus”.
d) Ministério da paz
Assim como recebemos o perdão de Deus, sem merecimento algum, nós que éramos inimigos fomos objeto de Sua paz, também Deus nos deu uma grande obra para realizarmos, enquanto estamos aqui na terra: ir por todo o mundo e pregar o Evangelho da Paz.
É uma arma na luta contra Satanás – Ef 6:15 “E calçados os pés na preparação do evangelho da paz”.
É um ministério que nos foi outorgado por Deus – 2 Co 5:18-19 “E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação. Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação”.
É uma honra e grande responsabilidade, pois somos embaixadores de Cristo – Seus representantes oficiais na terra – 2Co 5:20 “De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos pois da parte de Cristo que vos reconcilieis com Deus”.
a)
Contexto
O rei Saul fora rejeitado por Deus e, impiamente, procurava
matar Davi, já ungido rei. Davi fugia com um bando de 600 homens. No Carmelo,
os pastores de Nabal tosquiavam as suas ovelhas, e o bando de Davi os protegeu,
sem exigir nada.
Nabal era um homem rico, porém, maligno e duro de coração.
Seu nome significa “homem de Belial” – significa tolo – não de estúpido mental,
mas de alguém insensível ou louco, quanto a Deus e aos direitos dos homens.
O Pedido de Davi
A saudação é de paz e revela a amizade que seus homens
tinham pelos servos de Nabal. Os moços de Davi falaram a Nabal e aguardaram.
“Direis àquele próspero: Paz seja
contigo, e tenha paz a tua casa, e tudo o que possuis tenha paz! achem mercê,
pois, os meus moços na tua presença, porque viemos em boa hora; dá, pois, a
teus servos e a Davi, teu filho, qualquer coisa que tiveres à mão.” (vs. 6;8)
A resposta de Nabal
Nabal responde de maneira insolente. Ignora propositadamente
a Davi, mostrando predileção por Saul (v. 10). É avarento. Os moços de Davi lhe
relatam o desagravo de Nabal.
“Quem é Davi, e quem é o filho de
Jessé? Muitos são, hoje em dia, os servos que fogem ao seu senhor. Tomaria eu,
pois, o meu pão, e a minha água, e a carne das minhas reses que degolei para os
meus tosquiadores e o daria a homens que eu não sei donde vêm?” (vs. 10-11; 17).
A ira de Davi
Davi fica indignado com o tratamento de Nabal, em virtude da
consideração que havia demonstrado.
Enfurecido, resolve vingar-se. Prepara uma comitiva de uns quatrocentos
homens armados e sai para exterminar a casa de Nabal. (vs. 13; 21-22)
b)
Abigail – sua respeitabilidade
Abigail era o nome da mulher de Nabal. Ela era sensata e
formosa. Seus servos confiavam que a sua senhora tomaria uma atitude a fim de
evitar uma tragédia (v. 14-17). Então avisam Abigail sobre a bondade de Davi,
do seu pedido e a resposta de Nabal. Por fim, alertaram do perigo iminente e a
necessidade de evitar uma desgraça.
“Agora, pois, considera e vê o que
hás de fazer, porque já o mal está, de fato, determinado contra o nosso senhor
e contra toda a sua casa.” (v. 17)
c)
Abigail – sua reação
Prepara um grande presente de mantimentos, manda os seus
servos adiante dela a encontrar-se com Davi e oculta o plano a Nabal. (v. 17-19)
Abigail humilha-se diante de Davi, intercede pela sua casa, buscando
uma solução. Não culpa Nabal, ao contrário, assume a responsabilidade da culpa
e pede perdão. Não se apresentou como vítima, declarando que não era
responsável pelo fato ocorrido.
Usou a Palavra e exortou em nome do Senhor. Tinha convicção
que Davi era um servo de Deus, pois lembrou-lhe o seu relacionamento com Deus e
Suas promessas e o alertou sobre o pecado da vingança pessoal, bem como as
recompensas da obediência (v. 23-31).
O comportamento de Abigail em se identificar como solidária
na culpa, mesmo que não o seja na realidade, é encontrado em outros grandes
servos de Deus que, apesar de individualmente serem inocentes de rebeldia
contra Deus, eles se identificaram com o povo de Deus e se humilharam, pedindo
o perdão do Senhor:
·
Moisés
Em meio a um povo incrédulo e idólatra (Êx. 32), Moisés sobe ao Monte Sinai
para receber as Tábuas da Lei e quando desce, o povo havia feito um bezerro de
ouro para adorar (1-8). Ele, desolado, quebra as Tábuas, e manda matar todos os
idólatras (25-29).
Porém, apesar de não ter pecado à semelhança deles, intercede pelos
idólatras assumindo a culpa.
Êxodo 32:32 “Agora, pois, perdoa o seu pecado; se não,
risca-me, peço-te, do teu livro, que tens escrito”.
·
Jeremias
Profeta justo, no meio de um Israel mal e impenitente, quando ora e clama
pelo povo, se identifica com eles.
Jr 14:20 “Ah! SENHOR! Conhecemos a nossa impiedade e a
maldade de nossos pais; porque pecamos contra ti”.
·
Daniel
Homem fiel a Deus e que sofria pelas rebeldia e incredulidade do povo no
cativeiro babilônico, quando busca o Senhor em oração, se identifica com o
pecado do povo.
Dn 9: 5 “pecamos, e cometemos iniquidade, e procedemos impiamente, e fomos
rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos”.
·
Paulo
O apóstolo Paulo com tristeza pela incredulidade do povo de Israel, se
identifica com a nação ao ponto de desejar ser maldito, se possível fora, por
amor deles.
Rm 9:3 “Porque eu mesmo poderia desejar ser anátema de
Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne”.
O
verdadeiro cristão não deve se sentir isento do pecado da Igreja, pois, se
somos o corpo de Cristo, somos membros uns dos outros, e solidários nas bênçãos
e responsabilidades.
d)
Abigail – seus resultados
Davi reconhece que Abigail falou da parte de Deus.
Bendiz a Deus e a Abigail, agradecendo-lhe a prudência.
Recebe os presentes em sinal de perdão. (vs. 33-34)
“Então, Davi recebeu da mão de Abigail o que
esta lhe havia trazido e lhe disse: Sobe em paz à tua casa; bem vês que ouvi a
tua petição e a ela atendi.” (v. 35)
Davi reconhece que a vingança é do Senhor e mais uma vez
agradece a Deus que o deteve de fazer o mal e recompensa Abigail tomando-a por
mulher (v. 39-41).
Deus castiga Nabal.
Nabal percebe a gravidade do seu ato. Pois pela manhã, já
livre dos efeitos do vinho, sua mulher lhe contou tudo o que ocorreu e de como
ela havia se comportado. Ele, então, toma consciência dos seus atos e ficou
apavorado. Passados uns dez dias, feriu o SENHOR a Nabal, e este morreu. (v.
37-38)
Abigail é conservada em paz
Davi recompensa Abigail tomando-a por mulher (v. 39-41).
Mt 5:9
“Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de
Deus”.