BEM-VINDO

Gostaria de deixar claro que o evangelho de Jesus Cristo é para mim motivo de honra,“porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê...”(Rm 1:16). Tenho, porém, a cada dia, mais vergonha do evangelicalismo pregado nos púlpitos de algumas igrejas e vivido por muitos de seus membros.

O espírito mundano tem assolado e impregnado as mentes e corações do povo de Deus, como um mal que se alastra em todos os setores da vida religiosa: doutrina, liturgia, fé e padrões de conduta. A tal ponto que muitos crentes sinceros, mas negligentes quanto ao conhecimento das Escrituras, têm se deixado enredar “pela astúcia de homens que induzem ao erro” (Ef 4:14).

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domingo, 22 de maio de 2011

Parábolas do Sal e da Luz


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O Sermão do Monte
 Lc 6.20-23

Jesus durante o Seu ministério ensinou muitas coisas ao povo e, aos discípulos, em especial. O texto que estudaremos hoje é conhecido como o SERMÃO DO MONTE, pois foi proferido em um monte, provavelmente o Monte das Oliveiras. 

Primeiramente, Ele lhes falou sobre as características espirituais dos filhos de Deus, chamou-lhes felizes e prometeu recompensas no Reino de Deus (vs. 3-12).

Depois disso, proferiu duas Parábolas: do SAL e da LUZ, nas quais deixou claro que existem responsabilidades por tão grande privilégio.

PARÁBOLA DO SAL        

Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens. (V. 13)

Sal como tempero

Deus tem interesse pessoal em que tudo que seja ofertado a Ele tenha sabor. E que o sabor esteja devidamente temperado com sal, não é uma simples retórica, pois quando estabeleceu a Lei de oferta de alimentos ordenou que assim fosse feita. Aquelas pessoas com certeza compreenderam o que Jesus Lhes falava, pois conheciam a Lei de Deus.

Lv 2. 13 Todas as suas ofertas de cereais temperarás com sal; não deixarás faltar a elas o sal do pacto do teu Deus; em todas as tuas ofertas oferecerás sal.

Nm 18.19 Todas as ofertas alçadas das coisas sagradas, que os filhos de Israel oferecerem ao Senhor, eu as tenho dado a ti, a teus filhos e a tuas filhas contigo, como porção, para sempre; é um pacto perpétuo de sal perante o Senhor, para ti e para a tua descendência contigo.

Assim como o sal, o crente tem a responsabilidade de “dar sabor”, de temperar este mundo, pois nos foi dada a missão de sermos modelo, ou medida, do que agrada e desagrada a Deus. Se Deus não houvesse manifestado Sua Santa vontade aos homens, através da Bíblia, poderíamos alegar que não conhecíamos Seus mandamentos, mas já agora, não o podemos.

Muito mais, depois da vinda do Filho ao mundo, pois está escrito no vs. 17: “Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir” e acrescentou, no v.  20, que os desígnios do coração do salvo, ou seja, sua justiça, deveriam exceder em muito a daqueles que se dizem religiosos ou moralistas.

É assim que é manifestado o tempero. Quando estamos em meio à Igreja, família, escola ou trabalho e agimos de maneira a tornar o ambiente com o gosto ou o sabor digno de Cristo.

Anos atrás, quando eu ainda não conhecia Cristo como meu Salvador, trabalhei em uma empresa e entre os colegas de trabalho havia um rapaz diferente. Ele não participava das brincadeiras de mau gosto dos outros; era noivo e afirmava em meio a gozações (que coragem!) que só se relacionaria com a noiva depois do casamento; tirava férias para ajudar os pais a pintarem a casa, lia a Bíblia no intervalo do almoço; e, principalmente, tinha um semblante de paz e serenidade. Definitivamente, ele era diferente.

Um dia eu disse que gostaria de ter uma Bíblia igual à dele. Ele me ensinou onde comprar e eu adquiri minha primeira Bíblia. Na verdade, mais do que o livro, eu queria possuir aquilo que ele manifestou a mim: o tempero. Hoje sei bem o que era – o sabor que agradava a Cristo.

Sal como preservador

Aqueles discípulos reconheciam a importância do sal nas suas vidas diárias, pois além de servir para dar sabor aos alimentos, era usado habitualmente para conservá-los. Os alimentos eram preservados da corrupção quando devidamente salgadas.

Da mesma forma, nós somos responsáveis por preservar o que resta do verdadeiro cristianismo no mundo. Na segunda carta aos Tessalonicenses lemos que o presente sistema mundial, em que impera a corrupção, liberdade sem moral e todas as formas de impiedade, está sendo preparado para a revelação de uma forma de liderança unificada em um homem, o iníquo.

Não podemos esquecer que estamos inseridos neste contexto, experimentado as influências e convivendo com as “verdades” que se contrapõem a verdade bíblica. Como poderemos ser o sal, a preservar o cristianismo nesse mundo?


E sabemos que todo o cenário que presenciamos é tempo de Apostasia, previsto pelo Senhor – abandono da Doutrina e práticas cristãs bíblicas (vv. 1-4). E o Senhor mais nos diz: já naquela época o mistério da iniqüidade – as forças satânicas -  operavam, mas, que algo o detinha, impedindo-o de manifestar-se em sua plenitude. Contudo, um dia o “Detentor” seria afastado, consumando a plenitude do mistério da iniqüidade.

Ora, o  v. 6 nos alertou: “E, agora, sabeis o que o detém, para que ele seja revelado somente em ocasião própria”. Quem mais poderia deter a Satanás, se nem anjos, mais fortes em força e poder que os homens ousam afrontá-lo (Hb 1.7;  Jd 8)?

O próprio poder de Deus! A Palavra. A arma que Cristo usou contra Satanás na tentação. Está escrito! (Mt 4.4-7). Depois que o último escolhido for salvo, Cristo virá arrebatar sua Igreja e este mundo vai ficar totalmente entregue a iniqüidade.

Rm 1.16 Porque não me envergonho do evangelho, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.  

E neste sentido que nós, os salvos, preservamos o mundo da corrupção total e definitiva, da mesma forma que o sal faz com os alimentos.

Sal tem que ser puro
Há, todavia, um risco. Quando o sal não era puro, isso acontecia muito freqüentemente na antiguidade, podia perder o seu sabor.

Também nós crentes precisamos ser puros e verdadeiros, sem mistura, pois do contrário, estaremos demonstrando o sabor que agrada a nós mesmos e não ao Senhor. E é exatamente isso o que estamos vendo no cristianismo de hoje – totalmente misturado com o mundo. A psicologia e não a bíblia dita as regras de conduta, comportamento da família, educação dos filhos. Os jovens se guiam pelos comportamentos e modismos aprendidos na TV e internet. Desprezo completo ao que Cristo diz sobre Sua Palavra:
Mt 5.18 Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um só i ou um só til, até que tudo seja cumprido.

Isso me lembra uma situação muito comum em países frios, cujas ruas ficam cobertas de neve no inverno. Para que o gelo derreta com mais rapidez, sal é lançado na neve e depois o gelo, já derretido, é retirado mais facilmente, permitindo o tráfego. Um bom exemplo de sal pisado pelos homens.

Os religiosos da Apostasia: sem a Palavra, com uma fé mística baseada em “achismo”, sem convicções, sem pureza, misturados ao mundo. Sal pisado pelos homens.

PARÁBOLA DA LUZ

Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus. (vs. 14-16).

Deus não se deixou sem testemunhas. Segundo Is 49.6, Israel é “luz para os gentios”. E em Jo 8.12, Jesus disse que seus seguidores teriam em si mesmos a luz da vida, andariam como filhos da luz (Ef 5.8) e seriam testemunhas:

At 13.47 porque assim nos ordenou o Senhor: Eu te pus para luz dos gentios, a fim de que sejas para salvação até os confins da terra.

Como a cidade edificada sobre o monte é vista de longe, também o crente que irradia a luz de Cristo é reconhecido onde quer que esteja. Sua postura diante do mundo, a linguagem sadia, a honestidade nos negócios, a preferência no lazer, o amor por sua família.

Este crente terá uma vida de oração e comunhão com Deus. Participará ativamente de uma comunidade cristã que obedeça a Bíblia. Muitos deles serão chamados para o ministério, seja além das fronteiras ou serão instrumentos levando o evangelho em suas escolas ou trabalho.

Assim como a luz acessa não pode ser escondida, tal o comportamento da testemunha fiel. Irá anunciar sua presença em todos os ambientes que freqüente.

Cada um receberá do Senhor seu ministério, mas todos testificarão de um só Senhor e suas vidas levarão muitos a glorificarem ao Deus a quem servem.


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